quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pacientes enfrentam o câncer sem preconceitos

Doença que gera desequilíbrio emocional, mas, por outro lado, ajuda as pessoas a valorizarem a vida e se aproximar ainda mais da família e cultivar novas amizades

O diagnostico de câncer provoca um desequilíbrio emocional no paciente e na família. Para a doutora Ellen Brandão Leite Faria, ainda existe preconceito em relação ao diagnostico positivo do câncer. Parte dos brasileiros considera a doença uma sentença de morte, o que gera angustia e insegurança nos pacientes. 

Contudo, nem todo mundo pensa assim. Para Ângela Maria Fortes Drumonte Rocha Borba, por exemplo, a realidade é diferente. Borba descobriu após exames de rotina, há dois anos, que tinha um tumor. Na biopsia veio o diagnóstico se confirmou: câncer intestinal.  Com o diagnóstico vieram as dificuldades em aceitar que teria que passar por todo o tratamento para retirar o tumor e fazer sessões de quimioterapia.

FAMÍLIA E AMIGOS
A convivência entre os pacientes e o ambiente onde é realizado o tratamento é uma forma fortalecedora da luta contra a doença. Enquanto aguarda o exame de sangue para fazer a sessão de quimioterapia, a paciente revela está tranqüila com o tratamento, pois tenta tirar pontos positivos no tempo em que permanece sentada na sala de espera do consultório. Ela aproveita para encontrar os novos amigos que conquistou no decorrer do tratamento. 

A presença do marido é um ponto positivo, conta Borba. Roberto Borba acompanha a esposa em todas as sessões. Além do apoio do marido, ela conta com o carinho de dois filhos e quatro netos. A paciente leva uma vida normal ao lado de seus amigos e familiares.

A acadêmica do oitavo semestre de farmácia, Poliana Silveira Teixeira, acompanha os pacientes no processo de tratamento. Ela afirma que tem sido importante esse relacionamento com os pacientes, pois é uma forma de contribuir com o andamento do tratamento do câncer, e uma oportunidade de auxilio ao paciente em tratamentos de outras doenças.

SINTOMAS
Com o inicio da quimioterapia, as mãos de Borba estão dormentes e as pernas doem com freqüência. As náuseas também incomodam. Segundo a doutora Ellen Brandão é normal apresentar sintomas de dores no local especifico da injeção da medicação. “O que não deve ser freqüente”, emendou. Já as náuseas são provocadas pelas medicações, mas atualmente esses efeitos são controlados com auxilio de outras medicações.

PREVENÇÃO
A medicina avançou, mas ainda não encontrou a cura definitiva para o câncer. Segundo pesquisa realizada pelo Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, estima que o câncer intestinal acomete os homens em sua maioria. Já o câncer mais comum nas mulheres é o de mama.

A médica Ellen Brandão Leite Faria faz algumas recomendações para prevenir o câncer intestinal: “Um dos fatores de risco é a dieta rica em gorduras e carne vermelhas e pobres em frutas e vegetais. O primeiro passo para a prevenção é a adequação da dieta e a aquisição de hábitos saudáveis, que melhoram a saúde de uma forma geral”, ensinou.

A doutora Ellen ressalta que, além da mudança nos hábitos, há necessidade de fazer exames de rotina. Ao realizar avaliações médicas periodicamente o diagnostico aumenta a possibilidade de cura.

Cleoni Neves – estudante de Jornalismo

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