segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A máquina pública em questão


O anel rodoviário de Belo Horizonte, criado na década de 50 do século XX, não acompanha o desenvolvimento e progresso da cidade. Quem circula pela Zona Oeste da via, nas imediações do bairro Betânia, por exemplo, se depara com uma descida íngreme perigosa. É um dos trechos mais críticos, prova disso é que, infelizmente, são comuns acidentes com caminhões desgovernados e atropelamentos de pedestres que se arriscam ao atravessar a pista.

Uma matéria do portal G1Minas, publicada mês de agosto, revela que Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), reconheceu em um documento que a licitação para as obras do Anel Rodoviário de Belo Horizonte apresenta erros. De acordo com o Dnit, irregularidades no processo poderiam gerar um prejuízo de R$ 42 milhões aos cofres públicos. Uma pergunta fica no ar: até quando projetos equivocados emperrarão o crescimento e criarão rombos nos cofres públicos da capital mineira?

Enquanto a resposta não vem, problemas na máquina pública revelam o descaso com o anel rodoviário. A três anos da Copa do Mundo nos país, BH depende do governo federal para melhorias de infraestrutura em vias.  É que falta planejamento do governo estadual no que se refere à qualificação das vias urbanas. Prova disso é a ocupação desordenada às margens do anel. Bairros e vilas tomam conta de boa parte do via, pondo em risco a vida de moradores e motoristas.

Mudanças no trecho são obviamente necessárias, mas outro problema é a imprudência dos motoristas que abusam do limite de velocidade. Já os grandes caminhões trafegam na pista da esquerda, ocasionando acidentes com motociclista e carros pequenos. A criação de medidas socioeducativas seriam estratégias adequadas para a diminuição de acidentes no trânsito. Afinal de contas, o poder público arrecada milhões por ano com impostos voltados exatamente para qualificação da infraestrutura do trânsito. Contudo, o resultado nunca é visto pela sociedade, pois continua alto o índice de acidentes, a falta de melhoria nas vias urbanas e imprudência de motoristas irresponsáveis. Até quando?

André Felipe – estudante de Jornalismo

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