segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Economia Solidária

Qual é a relação entre meio ambiente e economia? É possível fazer o desenvolvimento econômico andar lado a lado com a preservação ambiental? Em que medida as novas tecnologias e as grandes corporações mundiais se esforçam para preservar o planeta? Para refletir sobre estes temas partiremos das declarações do filósofo e teólogo Leonardo Boff e do economista Marcus Eduardo de Oliveira.

Ao se lembrar da catástrofe que ceifou vidas em decorrência das chuvas no início de 2010, no estado do Rio de Janeiro, Marcus Eduardo parte do pressuposto de que devemos adotar uma economia solidária mundial eliminar o desejo incontrolável de consumir e consumir cada vez mais. Desta forma o planeta e a vida existente nele correrão menos riscos, além de haver menos competitividade e agressão ao ambiente.

Leonardo Boff também critica o modelo competitivo de sociedade e a cultura do acúmulo que a acompanha a nossa economia. “O resultado desta lógica da competição de todos contra todos e da falta de cooperação é a transferência fantástica de riqueza para poucos fortes, os grandes conglomerados a preço do empobrecimento geral”, reclamou o teólogo.

Quem concorda é o teólogo Adilson Schultz no artigo “Modelos Econômicos e Crise Ambiental”, o qual mostra como a economia no Brasil principalmente é má distribuída. E o que está em questão de acordo com este artigo é o desejo de consumo das pessoas, que as levam em uma constate desigualdade social e econômica. Uma mudança na economia a favor de todos inclusive os mais necessitados é um sonho que não depende só dessa minoria que precisa, mas de todos.

Em uma sociedade mediada pelo crime e a corrupção, não se pode abrir as portas ou as mãos para o próximo sem desconfiança. Estamos em uma sociedade insegura, onde os direitos humanos ainda são desvalorizados. Como lidar com esta situação? O primeiro passo seria reduzir as diferenças entre as classes. Os governantes deveriam colocar em pauta a má distribuição de renda e o baixo salário mínimo, fatores que inviabilizam o acesso de parte dos brasileiros a economia solidária.

O bem-estar coletivo deveria começar pela nossa relação social mais qualificada. A Internet poderia ser uma das ferramentas para atingir este objetivo. Contudo, as mentiras postadas na rede mundial de comunicação são desafios a serem superados. Ao invés de ser usada apenas como entretenimento, como acontece na maioria dos casos, a rede social on-line deveria ser um meio para conseguir ajuda para famílias carentes junto às igrejas e ONGs.

Outra questão envolvendo as redes sociais é o mau uso do espaço para cometer crimes (pedofilia e exploração sexual, por exemplo). Marcus Eduardo denuncia que “em cidades da região Nordeste do Brasil programas sexuais com adolescentes menores de 15 anos de idade são vendidos pela internet aos turistas estrangeiros”.

O que devemos colocar em discussão é o bem estar social garantido a partir do trabalho e esforço de pessoas que nem sempre são valorizadas. Por isso acabam buscando novos rumos, colocando em risco a própria vida. Diante desta situação, vale a pena uma união de todos os brasileiros em prol do bem-estar social que atinja uma parcela maior da população. Estariam os programas sociais do governo federal dando conta desta situação?

José Luiz – estudante de Jornalismo

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